segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ford T


Boa tarde a todos os espectadores! Hoje vamos recuar um bom bocado no tempo, pois voltaremos a uma decada de 1900 a 1930.
O Ford T, foi o produto da fábrica norte-americana que popularizou o automóvel e revolucionou a indústria automobilística, tanto que foi escolhido como o Carro do Século XX. Vigésimo projecto da marca, a partir de 1903, foi produzido por 19 anos entre os anos de 1908 e 1927.
Era totalmente de madeira. Colunas, chassi, assoalho, longarinas, laterais, tudo era coberto com chapas de aço. O carro era alto o bastante para aguentar com facilidade as precárias estradas da época. Até 1914, o T foi fabricado numa série de cores de acordo com a preferência dos consumidores. Em 1915, para cortar os custos, o T passou a ser produzido exclusivamente na cor preta, situação que perdurou até 1926. Desta época, ficou célebre uma das muitas controvertidas frases de Henry Ford: "O carro é disponível em qualquer cor, desde que seja preto.". O objetivo de Henry Ford era um carro que qualquer um pudesse comprar, o seu preço era baixo, factor que aumentou a demanda. Enquanto isso, no departamento de pintura da Ford não havia lugar para a secagem de tantos automóveis fabricados, a solução foi adoptar a cor preta por possuir uma secagem mais rápida. Os bancos estofados forrados de veludo, não tinham regulagem nenhuma. Há versões com forrações mais simples (tecido, couro) que se adequavam às varias carroçarias que a linha T possuia (picapes, camionetes, coupes). O primeiro carro da Ford tinha o volante no lado esquerdo. Era considerado leve em relação a outros modelos. Como no câmbio, a redução se fazia por meio de uma engrenagem epicicloidal, no painel, amperímetro e hodômetro. Em vez de uma caixa tradicional com engrenagens cilíndricas que eram ruidosas e se desgastavam, o T adoptava engrenagens epicicloidais (como as das transmissões automáticas), em que as suas duas marchas para a frente e uma à ré eram seleccionadas pelos pedais. Porém, para funcionar, o freio de mão deveria estar na posição correcta. Ainda não era um pedal, mas uma alavanca junto ao volante, que formava par com outra, para ajustar o avanço de ignição. As duas alavancas, opostas, formavam a figura de um bigode. Considerado muito resistente, com 2.900 cm3 de cilindrada e 17 cv. de potência. Velocidade máxima: 55 km/h. Freios a tambor accionados por varão, apenas nas rodas traseiras, pois na altura acreditavam, os engenheiros mecânicos, que freios nas rodas dianteiras fariam o carro capotar. O tanque de combustível ficava sob o assento do passageiro da frente. Era preciso retirar o assento para abastecer. Excepto em alguns períodos e para alguns modelos, os faróis e buzinas eram oferecidos como opcionais, mediante o pagamento adicional. O farol auxiliar do motorista, eléctrico, com controle interno, muito útil numa época de má iluminação pública, sempre foi oferecido como opcional.

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