quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fiat Uno


O Fiat Uno é um automóvel fabricado pela empresa italiana FIAT, apresentado pela primeira vez no Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), palco escolhido para apresentar à imprensa em 1983 o seu primeiro carro mundial, idealizado para substituir o 127.
Necessário diante do envelhecimento de seu antecessor, lançado em 1971, o Uno chegava para combater a invasão japonesa no seu segmento de carros pequenos. O projecto começou no final dos anos 70 com dois estudos, o 143 desenhado pela equipe de Pier Giorgio Tronville, do Centro Stile Fiat e o 144 pela Italdesign de Giorgio Giugiaro.

É um carro de conceito simples e moderno, com motor transversal, tracção dianteira e suspensão McPherson com mola helicoidal à frente. Na traseira era usado um eixo de torção, também com mola helicoidal. Eleito Carro do Ano na Europa por um juri de 53 jornalistas no mesmo ano do seu lançamento, ganhou logo novas versões. Já em Maio vinha o motor a diesel de 1,3 litro e 45 cv; em Outubro era apresentada a versão conceitual Uno-matic 70, com transmissão de variação contínua, que se tornaria disponível apenas em 1987 no Uno Selecta.

Em Abril de 1985 nascia o Uno Turbo i.e., em que o motor de 1,3 l (1.299 cm3, e que mais tarde teria um motor de 1.301 cm3) recebia turbocompressor e injecção electrônica, gerando 105 cv. Foi oferecido com painel digital e freios a disco nas quatro rodas. Em Junho aparecia o motor Fire, de produção totalmente automatizada, com 1,0 l (999 cm3 e 45 cv). No ano seguinte era lançado o Uno 70 Turbodiesel, com motor de 1.367 cm3 e acabamento externo similar ao do Turbo i.e. O diesel de aspiração natural era oferecido com 1,7 l (1.697 cm3 e 58 cv).

Em 1987 o Turbo i.e. ganhava catalisador e, um ano depois, freios com sistema antitravamento (ABS em inglês: Anti Block Sistem). Surgiu também um 75 i.e., com 1,5 l (1.498 cm3, injeção e 75 cv). Em 1989 o Uno recebia ampla reestilização, com um capô em cunha acentuada, faróis de perfil mais baixo, tampa traseira mais saliente e arredondada e novas lanternas. O Cx baixava para 0,30 e o interior trazia um painel mais moderno e ganhos em acabamento e qualidade de construção.

Os motores agora eram o antigo 903, os Fires de 1,0 l e 1,1 l (999 e 1.108 cm3 este de 56 cv), um 1,4 l (1.372 de 71 cv) e o conhecido 1,5 l (1.498cm3). O Turbo i.e. passava a 1.372 cm3 e 118 cv e os diesel permaneciam, com a adição de um de aspiração natural de 1,9 l (1.929 cm3 e 60 cv) no ano seguinte. Esse Uno teve numerosas versões e séries especiais, como Suite (com bancos de couro e ar-condicionado), Hobby, Rap, Rap Up, Formula, Estivale, Cosy, Seaside, Targa e Brio. O mais rápido era o Turbo i.e. Racing, de 1992, com tecto solar, bancos ajustáveis em altura, pneus 175/60 e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,4 s com velocidade máxima de 194 km/h.

A produção italiana do Uno foi encerrada em 1995, dois anos após o lançamento do Fiat Punto, com um total de 6.032.911 unidades fabricadas. Mas permanecia na Polónia, com motores de 999 cm3 (45 cv), 1.372 cm3 (69 cv) e diesel de 1.697 cm3, que se somaram em 2000 ao de 899 cm3 e apenas 39 cv. Também continuavam em produção o três-volumes Duna (Premio) na Argentina, com motor 1.297 de 72 cv.

5 comentários:

pn disse...

Tive um Fiat turbo ie. dos primeiros, vermelho e um da 2ª série, preto.
(sabe, S. acho que já tive de tudo um pouco nos meus muitos anos!) e sempre com uma propensão para automóveis, jeeps e motos de cariz mais desportivo.
Ora vamos lá a ver se ainda me lembro...
O 1º, apesar de menos cavalado, salvo erro 105 cv contra 115 ou 118do outro, era muito mais ágil. Mas muito mais perigoso, pois surgiam depressa as perdas de motricidade. Eram fiáveis e de consumo contido.
A 2º série vinha muito mais civilizada, mas faltava-lhe a 'pontinha de histeria' da 1ª.
Ambos eram verdadeiros carros de prazer, e em estradas sinuosas, em boas mãos, não temiam os GTI's da época.
Sabe, venho aqui tantas vezes que quase me creio intrometido..., mas acho piada ao seu blogue, ao seu interesse e à sua persistência.
As minhas desculpas, pois, pela excessiva ocupação deste espaço.
As minhas memórias automobilísticas são quase infindáveis. Depois, são-no também as matrizes. Lá em casa era tudo doente, salvo meu avô, que circulava em Buick e/ou Nash. Meu pai teve joaninha, dauphine gordini, renault caravelle, 8 gordini, cooper s, 124 sport e... os bocas de sapo. Um tio avô teve um Lancia Lambda, torpedo, o 1º carro do mundo com suspensão independente às rodas dianteiras. Era bordeaux com capota beige. Um Alfa 2600 spider; um jaguar xj6 4,2; um MB 350 slc... Íamos às corridas a Vila Real (ainda as 6 horas com o Carlos Gaspar e o David Piper) e a Vila do Conde... éramos tiffosi! Quando somos criados com estas matrizes, ficamos com o sangue ad perpetuam envenenado. Recordo ainda um Aston Martin DB II, de um médico amigo da família, verde inglês...
Por falar nisso, tive há dias o gosto/gozo de conduzir um Aston Martin DB6 (James Bond - 007!)e fiquei surpreendido. É um club inglês, chic, com 300 e picos cv, muitíssimo 'torque' (e muita, muita sede)!!! Tenho fotos disto e daquilo, se tiver curiosidade posso enviar.

Até logo,
paulo

pn disse...

PS:
No meu blog (mais virado para a literatura e música), o
pn-brevitas.blogspot.com, naquela babilónia de quase 2mil posts, encontra alguns dos meus carros, se tiver paciência.

MELLO disse...

claro que sim paulo! quer o meu email para poder enviar as fotos disto e daquilo? :D

MELLO disse...

Tenho que ir ver o seu blog! Vou entao à procura dos seus fabulosos automoveis! :D

pn disse...

Olá, S.

mande-mo seu mail para o meu endereço, pf:

pzarco@gmail.com

enviar-lhe-ei fotos de low profile para agilizar a recepção.

obrigado,
paulo neto, viseu.